Em
meio a todos os problemas educacionais em que nosso país atravessa como os
altos índices de repetência escolar, a grande evasão dos estudantes no ensino
médio ou a precariedade de muitas escolas públicas, várias outras instituições
de ensino, professores e educadores apontam há anos um recurso contra toda essa
problemática educacional: o método e mais fundamental ainda a metodologia.
E
óbvio que não vamos solucionar ou diminuir os problemas educacionais existentes
somente com o desenvolvimento de novas metodologias. Fazem-se necessários
investimentos públicos e um real compromisso dos governos municipais, estaduais
e federais com essa causa. Contudo, o método ou o seu estudo hoje se torna mais
do que nunca fundamental no trabalho dos professores no seu dia-a-dia.
Mas
afinal o que é método e metodologia? De uma maneira simples, método é a escolha
de um caminho a ser percorrido para a realização de algo. Por exemplo: você
deve ir da sua casa para o trabalho e para realizar essa tarefa você pode escolher
entre ir de bicicleta, de carro, andando ou correndo. Ao escolher como você vai
percorrer esse caminho você está definindo o seu método e que convenhamos não é
uma das tarefas mais difíceis.
Porém,
mais importante do que definir o método é analisar, refletir e avaliar todas as
possibilidades e conseqüências da sua escolha. Isso é metodologia, ou seja, é o
estudo, a crítica do método. Ao se escolher ir da sua casa para o seu trabalho
de carro, quais são as conseqüências que isso pode gerar para você? Para as
pessoas? E para o mundo?
Reflita:
ao escolher ir de carro ao trabalho posso cultivar meu sedentarismo e
contribuir mais ainda para a poluição do meio ambiente. Contudo, não posso ir a
pé, pois chegaria todos os dias atrasado para trabalhar.
É
esse tipo de análise e reflexão de que tanto necessita a educação, mais que
grande parte de professores e educadores não fazem.
Aliás,
essa carência de metodologia não se restringe somente a área educacional. Leiam
os “planos de governo” dos candidatos as eleições municipais desse ano seja em
Guaíra ou em Arraial do Cabo. Todos eles relatam em melhorias nas várias
esferas da gestão pública, mas nunca como o farão. São “planos de governo
vazios” que não possuem método, nem justificativa, nem objetivos e muito menos
hipóteses.
Assim,
nossa dificuldade em estabelecermos metodologias é cultural, já que somos uma
sociedade que crescemos a mercê do tão famoso jeitinho brasileiro que nos auri
de qualquer estudo do caminho a ser traçado em busca de um objetivo comum.
Me movo como educador, porque,
ResponderExcluirprimeiro, me movo como gente.
Paulo Freire