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terça-feira, 4 de setembro de 2012

O método


Em meio a todos os problemas educacionais em que nosso país atravessa como os altos índices de repetência escolar, a grande evasão dos estudantes no ensino médio ou a precariedade de muitas escolas públicas, várias outras instituições de ensino, professores e educadores apontam há anos um recurso contra toda essa problemática educacional: o método e mais fundamental ainda a metodologia.
E óbvio que não vamos solucionar ou diminuir os problemas educacionais existentes somente com o desenvolvimento de novas metodologias. Fazem-se necessários investimentos públicos e um real compromisso dos governos municipais, estaduais e federais com essa causa. Contudo, o método ou o seu estudo hoje se torna mais do que nunca fundamental no trabalho dos professores no seu dia-a-dia.
Mas afinal o que é método e metodologia? De uma maneira simples, método é a escolha de um caminho a ser percorrido para a realização de algo. Por exemplo: você deve ir da sua casa para o trabalho e para realizar essa tarefa você pode escolher entre ir de bicicleta, de carro, andando ou correndo. Ao escolher como você vai percorrer esse caminho você está definindo o seu método e que convenhamos não é uma das tarefas mais difíceis.
Porém, mais importante do que definir o método é analisar, refletir e avaliar todas as possibilidades e conseqüências da sua escolha. Isso é metodologia, ou seja, é o estudo, a crítica do método. Ao se escolher ir da sua casa para o seu trabalho de carro, quais são as conseqüências que isso pode gerar para você? Para as pessoas? E para o mundo?
Reflita: ao escolher ir de carro ao trabalho posso cultivar meu sedentarismo e contribuir mais ainda para a poluição do meio ambiente. Contudo, não posso ir a pé, pois chegaria todos os dias atrasado para trabalhar.
É esse tipo de análise e reflexão de que tanto necessita a educação, mais que grande parte de professores e educadores não fazem.
Aliás, essa carência de metodologia não se restringe somente a área educacional. Leiam os “planos de governo” dos candidatos as eleições municipais desse ano seja em Guaíra ou em Arraial do Cabo. Todos eles relatam em melhorias nas várias esferas da gestão pública, mas nunca como o farão. São “planos de governo vazios” que não possuem método, nem justificativa, nem objetivos e muito menos hipóteses.
Assim, nossa dificuldade em estabelecermos metodologias é cultural, já que somos uma sociedade que crescemos a mercê do tão famoso jeitinho brasileiro que nos auri de qualquer estudo do caminho a ser traçado em busca de um objetivo comum.  

Um comentário:

  1. Me movo como educador, porque,
    primeiro, me movo como gente.
    Paulo Freire

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