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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Metodologia e a Prática Docente



Dos vários livros que li sobre metodologia e a prática docente utilizadas em inúmeras escolas espalhadas por esse Brasil e pelo mundo afora, o que mais me ajudou e tem me auxiliado sem dúvida alguma foi escrito há mais ou menos dois mil anos atrás: a Bíblia.
No nono capítulo da primeira carta de São Paulo aos Coríntios, Paulo narra o seguinte: “Pois, anunciar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho! Se eu o fizesse por iniciativa minha, teria direito a uma recompensa. Mas se o faço por imposição, trata-se de uma incumbência a mim confiada. Então, qual é a minha recompensa? Ela está no fato de eu anunciar o evangelho gratuitamente, sem fazer uso do direito que o evangelho me confere. Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Com os judeus, me fiz judeu, para ganhar os judeus. Com os súditos da Lei, me fiz súdito da Lei — embora não fosse mais súdito da Lei —, para ganhar os súditos da Lei. Com os sem-lei, me fiz um sem-lei — eu que não era sem a lei de Deus, já que estava na lei de Cristo —, para ganhar os sem-lei. Com os fracos me fiz fraco, para ganhar os fracos. Para todos eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. Por causa do evangelho eu faço tudo, para dele me tornar participante.”
É notório que grande parte dos docentes argumenta que uma das principais dificuldades encontradas no trabalho diário com seus alunos é a falta de motivação desses para o aprendizado.
Porém, é notório também que a maioria dos docentes, pouco refletem sobre a sua metodologia em sala de aula. E aí está a meu ver o grande problema educacional atual! Discordo radicalmente da grande maioria de estudiosos educacionais que apontam no maior conhecimento dos docentes sobre os “conteúdos curriculares” como uma das principais metas para a formação docente. Isso é tolice. O docente atual necessita de maneira mais urgente de uma formação metodológica e não de uma formação curricular específica na sua disciplina em que leciona. Ora de que adianta ter conhecimento se o docente não sabe como utilizá-lo para promover uma profunda transformação social na vida de seu educando?
Para conseguir isso, Paulo nos ensina que a nossa melhor metodologia para educarmos nossos alunos é se nós nos fizermos de analfabetos, rappers, jovens, crepusculetes, entre outras coisas.  Sem isso, nossa prática já está condenada ao fracasso, já que toda metodologia deve tentar estabelecer uma identificação entre docente e aluno para o sucesso escolar, pois o aluno que não se identifica com o docente não estuda, não conhece, e, portanto, não cresce.

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